Novo presidente do Banco do Brasil terá que aumentar volume de crédito, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o novo presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, deve buscar aumentar o volume de crédito liberado pela instituição. “Vai ter uma política agressiva, liberando mais crédito que é um problema da economia [por conta da crise financeira internacional].”
Mantega também afirmou que é preciso ampliar a concorrência. “A concorrência é incipiente e é um dos motivos do spread se manter elevado”, disse. “Neste momento de falta de crédito, de dificuldades financeiras, os bancos públicos podem desempenhar um papel fundamental”, completou.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a redução do spread bancário virou um “obsessão” para o governo. O spread é o ganho que os bancos têm num empréstimos.
Em fevereiro deste ano, a taxa média de juros era de 52,7% ao ano para as pessoas físicas. Desse valor de 52,7%, uma parcela de 11,2 pontos percentuais se refere à taxa média que as instituições financeiras pagam para obter dinheiro no mercado e, depois, emprestrar aos clientes. A fatia restante de 41,5 pontos percentuais é o chamado spread, que inclui o lucro do banco, os impostos a pagar, as despesas administrativas e os custos para cobrir a inadimplência de outros empréstimos.
O ministro elogiou o trabalho de Antonio Francisco de Lima Neto, que vai deixar o cargo. “O crédito do Banco do Brasil aumentou consideravelmente, atendeu as várias áreas de atividade da economia brasileira”. Segundo Mantega, houve aumento do credito, redução da inadimplência e incorporação de instituições financeiras.
“O banco continuou sendo um dos maiores do Brasil. Voltará a ser [o maior] pelo trabalho que vem sendo feito.” Ele disse ainda que vai convidar Lima Neto para “nova atividade dentro das atribuições que foram o glomerado do Banco do Brasil”.
Agência Brasil / Daniel Lima e Kelly Oliveira
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