Um estudo divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ibope constatou que a nova classe C é predominantemente jovem e negra. Está mais otimista quanto ao futuro e ao menos metade dela acredita que sua vida melhorou no último ano. Além disso, conforme destaca a diretora comercial do instituto, Dora Câmara, as mulheres desta nova camada são mais independentes do ponto de vista financeiro e, consequentemente, têm maior peso como consumidoras.

Ainda, de acordo com o levantamento, graças à estabilidade e ao crescimento da economia, mais de 32 milhões de pessoas ingressaram no mercado consumidor durante as últimas duas décadas. Juntas, elas integram a nova classe média, grupo de cerca de 100 milhões de pessoas que já responde por mais da metade da população e que desperta o interesse de fabricantes de uma gama de produtos e serviços que precisam se adaptar a essa nova realidade para orientar seus investimentos e atender a demanda.

O estudo Classe C Urbana do Brasil: Somos Iguais, Somos Diferentes aponta que 19% destas pessoas planejam comprar um imóvel nos próximos meses. E quase 10% disseram ter a intenção de comprar um automóvel – novo ou usado – nos próximos 12 meses.

Ainda de acordo com a diretora comercial, o atendimento à demanda reprimida por anos a fio entre essa parcela da população cria grandes oportunidades de crescimento para vários setores econômicos, como a indústria automobilística, a construção civil e os cursos de idiomas, por exemplo.

O estudo analisa mais de 200 categorias de produtos com uma amostra de cerca de 20 mil indivíduos entre 12 anos e 64 anos de idade, nas principais regiões metropolitanas do país.

Alex Rodrigues / Agência Brasil
Edição: Aécio Amado

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