Nova alta na Selic é criticada por instituições financeiras
Pela sexta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) aumentou a Selic. Ao fim da reunião na quarta-feira, 03, o BC anunciou o resultado de 13,75% para a taxa básica de juros, que é vista como principal instrumentos para manter a inflação sob controle. Mas a decisão do comitê não foi bem recebida por especialistas e outras instituições.
A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) comentou, em nota, que o reajuste em 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros destoa dos parceiros internacionais do Brasil, mantendo o crescimento bem abaixo da média. “E a questão vai além, porque o tanto pago por empresários e consumidores chega em média a três, quatro vezes os juros básicos da economia, quadro agravado pelo recente aumento de impostos”, reprovou a Federação.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a elevação da Selic atrasa a recuperação da economia porque os juros altos “punem” a atividade produtiva com o encarecimento do capital de giro das empresas e a inibição dos investimentos e do consumo das famílias.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a Força Sindical e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também criticaram a decisão do COPOM. As análises foram divulgadas ainda no dia 3, logo depois do fim da reunião do Comitê.
O índice de 13,75% na taxa básica de juros é o mais alto desde janeiro de 2009. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contudo, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta em abril e o acumulado de 12 meses chegou a 8,17%, permanecendo bem acima do teto da meta (6,5%).
Com informações da Agência Brasil e da Folha de São Paulo.
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