No controle das finanças pessoais, consumidores querem reduzir gastos
De olho no controle das finanças pessoais, em junho, 58% dos consumidores planejam reduzir os gastos, de acordo com o Indicador de Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As principais justificativas são a tentativa de economizar (23%), os preços mais elevados (18%), o fato de estarem endividados (15%) e uma redução de renda (10%).
Em relação à realidade financeira, a maior parte (42%) diz estar no zero a zero, sem sobra nem falta de dinheiro. Já 37% dizem estar no “vermelho”, sem conseguir pagar todas as contas e somente 15% dizem estar com sobra de dinheiro.
Excluindo itens de supermercado, na lista dos produtos que os consumidores pretendem comprar em junho, roupas, calçados e acessórios foram citados por 23%. Em seguida, aparecem os itens de farmácia (22%), recarga de celular (18%) e perfumes e cosméticos (13%).
Também no mês de abril, 42% dos consumidores disseram ter utilizado algum tipo de crédito, sendo que o cartão de crédito foi a modalidade mais usada (36%), seguido de cartão de loja e crediário (14%) e limite do cheque especial (6%). Houve também utilização de empréstimos (4%) e financiamentos (3%), modalidades com critérios de concessão mais rigorosos.
Entre os consumidores que fizeram uso do cartão de crédito em abril, 36% relataram aumento do valor da fatura, enquanto para 38% o valor permaneceu o mesmo e para 25% houve diminuição.
A importância de controlar bem as finanças pessoais
De acordo com especialistas do próprio SPC, uma forma de evitar o desequilíbrio é não contratar um limite que comprometa toda a renda. O consumidor com dificuldades de exercer o autocontrole na hora das compras deve evitar limites muito altos. Se o valor da fatura for igual ou próximo à sua renda, são grandes as chances de esse consumidor acabar no rotativo, pagando juros que excedem 400% ao ano
A instituição ainda alerta que se o empréstimo não visa a cobrir uma necessidade emergencial, pode ser o caso de esperar mais um pouco para tomá-lo. “Convém analisar a real necessidade de assumir um compromisso que, muitas vezes, só acaba depois de anos. Se o objetivo é a realização de um sonho de consumo, o mais prudente é constituir, antes, uma reserva financeira com esse propósito.”
Já se o objetivo for o pagamento de dívidas, o consumidor deverá optar por condições mais favoráveis, com juros menores e um plano de pagamento que caiba no seu orçamento. Caso contrário, pode cair no endividamento novamente.
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