Natal deverá registrar queda nas contratações e nas vendas do varejo
Ainda faltam quatro meses para o Natal, mas as expectativas do comércio não são as melhores. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a segunda queda consecutiva tanto nas vendas quanto na contratação de temporários.
A entidade estima um recuo de 3,5% no varejo, o equivalente à movimentação financeira de R$ 32,1 bilhões até dezembro. A confirmação desse quadro tem impacto na demanda por trabalhadores temporários, com menos 2,4% de postos ofertados em relação a 2015.
Com esse resultado, o comércio voltará ao patamar de 2012, quando foram contratados cerca de 135 mil temporários para cobrir o movimento de fim de ano.
Os maiores volumes de contratação deverão se concentrar no segmento de vestuário (62,4 mil vagas) e no de hiper e supermercados (28,9 mil vagas). Além de serem os princiáis empregadores do varejo – juntos eles representam 42% da força de trabalho do setor – esses segmentos costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas.
O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.205, registrando alta de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado (0,6%, se descontada a inflação). O maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos de informática e comunicação (R$ 1.403). No entanto, esse segmento deverá ofertar apenas 1,6% das vagas totais a serem criadas no varejo.
Ao contrário de 2015, quando o real sofreu desvalorização de 47%, neste ano a expectativa é que a taxa de câmbio registre queda de 16%, o que poderá estimular importações por parte do varejo e reajustes menos intensos do que no fim do ano.
O setor supermercadista deve aproveitar o cenário fazendo estoque de produtos estrangeiros e registrar modesta queda no volume das vendas (-1,6%). Já as lojas de vestuário e acessórios deverão amargar queda anual superior a 11% no Natal de 2016.
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