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As mulheres estão empreendendo mais que os homens no Brasil. Em 2016, a taxa de empreendedorismo entre os que têm um negócio com até três anos e meio de existência ficou em 15,4% entre as mulheres e em 12,6% entre os homens. As informações estão na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2016, coordenada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).

Ainda de acordo com a pesquisa, a necessidade leva mais mulheres ao empreendedorismo do que homens. No grupo feminino, 48% delas afirmaram ter buscado o empreendedorismo porque precisaram. No masculino, esse percentual cai para 37%.

Em 2016, enquanto 49% das empreendedoras concentravam-se em quatro atividades, 50% dos homens atuavam em nove segmentos. Elas distribuíam-se nos setores de serviços domésticos (13,5%), cabeleireiros ou tratamento de beleza (12,6%), comércio varejista de vestuário e acessórios (12,3%) e catering e bufê (10,3%).

A pesquisa do Sebrae ainda traça um perfil dessas mulheres. De acordo com o estudo, 40% delas têm até 34 anos, já entre os homens, esse número cai para 36%. E apesar delas serem mais escolarizadas, ainda ganham menos: 73% recebem até três salários mínimo, contra 59% do universo masculino.

A pesquisa GEM é parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, iniciado em 1999 com uma parceria entre a London Business School e o Babson College, abrangendo dez países no primeiro ano. Em 2016, participaram 65 países, cobrindo 70% da população global e 83% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, a pesquisa é feita desde 2000 e, no ano passado, foram entrevistados 2 mil adultos entre 18 e 64 anos de todas as regiões do país, e 93 especialistas em empreendedorismo.

“Esse movimento de entrada de mulheres na atividade empreendedora pode ser explicado pela necessidade delas complementarem a renda familiar”, explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Foto: Fred Veras

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