A redução da perspectiva da nota de títulos do governo brasileiro desconsidera a melhoria da economia no segundo semestre, informou o Ministério da Fazenda. Em nota oficial, ressalta que a decisão da agência de classificação de risco Moody’s apenas reflete fatores temporários que comprometeram o crescimento econômico do país no primeiro semestre.

De acordo com o documento, o menor número de dias úteis nos seis primeiros meses do ano, combinado com a demora da recuperação da economia internacional e a seca no Centro-Sul do país, afetaram o crescimento da economia no primeiro semestre. No entanto, destacou o texto, no segundo semestre, a produção começou a se recuperar e a inflação a cair, num ciclo que deve perdurar em 2015.

“O Brasil é uma economia sólida e já iniciou, neste segundo semestre, uma trajetória de gradual recuperação, que terá continuidade ao longo do ano que vem. Indicadores econômicos recentes apontando queda na inflação, aumento da produção industrial, além de um maior número de dias úteis e a perspectiva de recuperação da economia mundial reforçam esta avaliação”, informou a pasta.

O ministério ressaltou que diversos números mostram a confiança dos investidores estrangeiros no país. A nota citou a última emissão de títulos no exterior pelo Tesouro Nacional, semana passada, a valorização de 30% da bolsa de valores nos últimos seis meses e a manutenção dos investimentos estrangeiros diretos (que geram emprego no país) acima de US$ 60 bilhões por ano pelo quarto ano seguido.

Na avaliação do ministério, em 2015 a economia brasileira crescerá com mais intensidade por causa da implementação do programa de concessões de infraestrutura. Segundo a nota, as obras previstas ampliarão a taxa de investimentos e garantirão o crescimento forte da economia brasileira nos próximos anos.

Destaca, ainda, que, apesar de rebaixar a perspectiva da nota brasileira, a Moody’s continua a considerar o Brasil uma economia robusta. “A própria Moody’s reconhece a solidez e resiliência da economia brasileira, que conta com elevadas reservas internacionais, um perfil de dívida pública de baixo risco e pouca exposição cambial e um sistema bancário sólido e capitalizado”, concluiu o texto.

Agência Brasil.

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