Os ministros das Comunicações do Quênia e da Tanzânia vão trabalhar a favor da adoção do padrão de TV digital nipo-brasileiro em seus países. Depois de terem recebido o aval dos técnicos escalados para avaliar o Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (ISDB-T), eles manifestaram, junto ao assessor especial da Presidência da República, André Barbosa, disposição de adotar esse sistema.

“Conversamos com os ministros e eles disseram que vão trabalhar a favor da adoção do nosso padrão de TV digital. Tanto o ministro das Comunicações do Quênia quanto o da Tanzânia, onde nos reunimos também com representantes das empresas de radiodifusão. Ao tomarem conhecimento do suporte ofertado por nosso governo, eles [radiodifusores] inclusive cancelaram algumas compras previstas de equipamentos para o padrão europeu [DVBT]”, disse Barbosa nesta sexta-feira (9) à Agência Brasil.

De acordo com Barbosa, as negociações avançaram também em outros países. “Na Guiné Equatorial, eles pediram que apresentássemos uma proposta para a Copa da África [disputada entre países africanos], que será realizada lá e no Gabão em 2012. Esse pedido indica que eles têm, sim, interesse em implantar o sistema brasileiro.”

“O governo brasileiro vai fazer a mediação com as emissoras brasileiras interessadas em tocar esse projeto”, acrescentou.

A previsão é que a decisão final sobre o padrão a ser adotado pelos 11 países ligados à Comissão para o Desenvolvimento da África Austral (Southern Africa Develop Commission – SADC) seja tomada em bloco, a partir de setembro, quando as conclusões finais dos técnicos escalados para avaliar os padrões de TV digital serão apresentadas.

Por causa da proximidade com outros países e do possível interesse em integrar seus sistemas, há possibilidade de mais seis países adotarem o ISDB-T.

O padrão nipo-brasileiro já foi escolhido por diversos países da América Latina. Além do Japão e do Brasil, a Argentina, o Chile, a Costa Rica, o Equador, as Filipinas, o Paraguai, o Peru , a Venezuela e, mais recentemente a Bolívia, já o adotaram.

Pedro Peduzzi / Agência Brasil
Edição: Nádia Franco

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