Micro e pequenos empresários estão mais confiantes na economia
Os micro e pequenos empreendedores estão mais confiantes na economia. O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa de Varejo e Serviços (ICMPE) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) chegou a 50,6 pontos em outubro e atingiu o maior patamar em 18 meses.
A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais confiantes estão os empresários. No mesmo mês do ano passado, o indicador marcava 38,7 pontos e 31,0% dos empresários diziam-se confiantes no desempenho futuro da economia brasileira. Um ano depois, essa proporção alcança 53,2%, um avanço de 22,2 pontos percentuais.
Apesar do aumento na confiança, o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção do micro e pequeno empresariado sobre o desempenho de suas empresas e da economia brasileira nos últimos seis meses, apresentou um crescimento, passando de 27,3 pontos em setembro para 30,4 pontos em outubro.
Em termos percentuais, 71,1% desses micro e pequenos empresários afirmam que a economia piorou no último semestre. Em relação aos negócios, 56,9% consideram que houve piora nos últimos seis meses.
Entre os MPEs que relatam piora dos negócios, a crise está diretamente ligada às dificuldades encontradas: 71,6% dizem que, por causa dela, as vendas diminuíram e 10,5% que os preços de insumo, matérias primas e produtos aumentaram.
Se a avaliação acerca do passado deixa a desejar, as perspectivas para o futuro são mais positivas. O Indicador de Expectativas teve um avanço, passando de 60,0 pontos em setembro para 65,7 pontos – acima do nível neutro de 50 pontos.
Quando o assunto é o futuro da economia, 53,2% dos empresários manifestaram otimismo com os próximos seis meses. Já em relação ao próprio negócio, a proporção de otimistas sobe para 69,0%.
A maior parte dos empresários otimistas com a economia não sabe, porém, explicar suas razões: dizem apenas acreditar que as coisas irão ser resolvidas de alguma maneira (31,9%). Há também os que mencionam a resolução da crise política (23,7%), e os que acreditam que alguns indicadores econômicos já dão sinais de melhora e o país retomará a rota de crescimento (19,5%). Para 34,1% dos que manifestam pessimismo com a economia, as incertezas políticas são a principal razão.
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