Consumidor vai ter que pagar mais pelo cafezinho para evitar crise no setor cafeeiro nacional, diz governo.

De um lado, o governo anuncia desoneração de impostos federais para produtos da cesta básica, incluindo o café, como forma de controlar a inflação. Mas de outro anuncia um reajuste no preço mínimo da saca do grão que pode aumentar o valor final de uma das culturas mais tradicionais do Brasil.

A medida tem o objetivo de estimular o setor já que, de acordo com os técnicos do governo, os valores estão “muito defasados” e não são mais capazes de cobrir os custos de produção. Além de aumentar o valor dos grãos (o tipo arábica vai passar de R$ 261,69 para até R$ 340 e o robusta de R$ 156,57 para cerca de R$ 180), a intenção é aprovar linhas de financiamento específicas para o setor, alterar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para arcar com os investimentos em colheita, comercialização e estocagem do produto, como também modificar as regras da linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), destinada à compra de matéria prima. Atualmente a FAC só financia a compra de café por valores acima do preço mínimo de garantia. A ideia é retirar a restrição na compra, mas exigir que o produto seja vendido somente acima do preço mínimo.

A safra 2013/2014 começará a ser colhida a partir do mês que vem e esses benefícios querem garantir o bom resultado para os produtores, já que os valores atuais da saca de café estão congelados desde 2009. A elevação do valor procura evitar uma crise cafeeira no país, motivada pelos atuais preços baixos.

Mas isso vai causar um impacto para o consumidor final, que em 12 meses já paga pelo cafezinho um valor 11,4% maior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Com informações do Estado de S. Paulo.

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