Mercosul e União Europeia planejam troca de ofertas de livre-comércio
Mercosul e União Europeia estão perto de estreitarem ainda mais os laços. Está marcada para a primeira semana de maio uma reunião para troca de ofertas envolvendo o acordo de livre comércio envolvendo os dois blocos. O anúncio foi feito pela comissária de comércio da União Europeia, Cecilia Malmström, e pelo ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa.
A data exata da reunião ainda será definida. No encontro, as equipes do Mercosul e da União Europeia trocarão ofertas de acesso a mercado, especificando as formas para aumentar a abertura comercial mútua de bens e serviços, incluindo compras governamentais.
Histórico das negociações entre Mercosul e União Europeia
As negociações começaram em 1999. Em 2004, elas foram interrompidas e recomeçaram em 2010. Desde então, nove rodadas foram realizadas, sempre mirando em uma nova troca de ofertas.
O objetivo é negociar um acordo de comércio global, reduzindo impostos alfandegários, removendo barreiras ao comércio de serviços e aprimorando as regras relacionadas a compras governamentais, procedimentos alfandegários, barreiras técnicas ao comércio e proteção à propriedade intelectual.
Em junho de 2015, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, se reuniu com a comissária Europeia para o Comércio e com representantes do Mercosul, em Bruxelas. Em comunicado conjunto divulgado após o encontro, Mercosul e UE reafirmaram a “importância de aprofundar e ampliar a relação entre os dois blocos e, para esse fim, realizaram uma troca franca e aberta de pontos de vista sobre o estado das negociações para um acordo de associação ambicioso, abrangente e equilibrado”.
Em 2015, as exportações brasileiras para a UE somaram US$ 33,9 bilhões, 19,3% menos que no ano anterior (US$ 42 bilhões). A participação da União Europeia nas exportações brasileiras caiu de 18,7%, em 2014, para 17,8%, em 2015.
Para o bloco europeu, o Brasil exporta, principalmente, produtos básicos (48,3%). Os semimanufaturados representam 16,1%, e os semimanufaturados, 35,1%.
Os principais produtos enviados em 2015, foram farelo de soja, com participação de 9,8% do total das exportações para o bloco; café em grãos (8,5%), minério de ferro (6,6%), soja em grãos (6,4%) e celulose (6,3%).
Em 2015, 7.109 empresas brasileiras exportaram para a U.E, registrando um acréscimo de 4% em relação a 2014 (275 empresas a mais).
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