Mercado reage com preocupação à vitória de Donald Trump
Com impacto igual ou superior ao causado pelo Brexit (decisão de saída da Grã Bretanha da União Europeia), a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA vem gerando reação negativa no mercado financeiro de todo o mundo. O temor é de que o novo presidente norte-americano adote medidas que inviabilizem acordos comerciais e causem graves efeitos.
Após a confirmação da vitória de Trump, que aconteceu por volta das 5h, no horário de Brasília, diversas bolsas de valores da Europa e Ásia tiveram quedas expressivas.
A Bolsa de Valores de Milão abriu em forte baixa de 3,47%, batendo apenas 16.230 pontos, com uma grande queda nas ações de bancos, como o MPS, que caiu 11,4%.
O mesmo aconteceu nos mercados de Paris, com queda de 2,8%, Londres, com queda de 1,6%, e Frankfurt, com baixa de 2,9%, na abertura dos negócios. A maior baixa foi sentida em Madri, com a bolsa despencando 3,82%.
Mesmo fechando antes do resultado eleitoral, mas com base nas projeções que já apontavam Trump como eleito para a Casa Branca, os mercados da Ásia também fecharam em forte queda.
O índice Nikkei, no Japão, fechou no vermelho em 5,36%, sendo o pior número desde que os britânicos optaram por deixar a União Europeia, no dia 24 de junho. Já na China, a Bolsa de Xangai fechou em -0,7%, de Hong Kong em -2,3% e em Sidney -2,4%.
O peso mexicano, de acordo com a Reuters, desabou e teve a maior queda desde 1994, enfraquecendo 13%, ultrapassando a barreira dos 20 pesos por dólar.
A agência de notícias aponta como principais causas as ameaças de Trump de interromper um acordo de livre comércio com o México. Além disso, preocupa também a intenção do novo presidente de taxar o dinheiro enviado pelos imigrantes para pagar pela construção de um muro na fronteira entre os países.
Vitória de Trump causa preocupação com comércio internacional
De acordo com a Reuters, as medidas protecionistas alardeadas por Trump durante a campanha estão causando preocupação pelo mundo, principalmente entre setores empresariais que dependem do comércio aberto, como companhias aéreas, de tecnologia da informação e montadoras de veículos.
Promessas como a de renegociação de acordos comerciais, cortes de impostos e taxação de produtos importados de países como a China estão entre as causas de preocupação.
Com informações da Agência Brasil e da Reuters
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