* Por Patrícia Molino

“Nos últimos anos, as mulheres vêm cada vez mais buscando aumentar o seu espaço nas empresas. Neste cenário, o mentoring, que já vinha conquistando a simpatia entre executivos, surgiu como uma forma de consolidar a liderança feminina corporativa”.
“Nos últimos anos, as mulheres vêm cada vez mais buscando aumentar o seu espaço nas empresas. Neste cenário, o mentoring, que já vinha conquistando a simpatia entre executivos, surgiu como uma forma de consolidar a liderança feminina corporativa”.

Uma palavra cada vez mais utilizada no mundo corporativo, o mentoring agora vem sendo aplicado como estratégia de fortalecimento da liderança feminina nas empresas. Para quem não está familiarizado com a expressão, trata-se de uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional, realizada com a ajuda de um mentor ou mentora, para compartilhamento de conhecimento. Como o próprio nome diz, ele atua como alicerce do profissional e será uma espécie de referência no qual o profissional poderá se espelhar e visualizar seu crescimento dentro da empresa. Muitas vezes, esse processo acontece de forma natural, quando profissionais elegem outros para conversar de tempos em tempos ou antes de tomar decisões importantes, porque valorizam sua opinião como uma contribuição à sua carreira.

A ferramenta de mentoring está sendo usada com o intuito de melhorar o desenvolvimento dos colaboradores e, consequentemente, alcançar melhores resultados. Com a maior necessidade de alinhamento da estratégia das empresas, os programas de mentoring — que eram, inicialmente, aplicados apenas em casos de sucessão, como aposentadoria ou desligamento de colaboradores, talentos em potencial e momentos em que há necessidade de acelerar a adaptação da cultura corporativa — passaram a fazer parte da rotina delas. A mentoria também é indicada em casos em que há necessidade de transpor e assegurar, dentro da organização, conhecimentos de qualquer natureza.

Notamos que, nos últimos anos, as mulheres vêm cada vez mais buscando aumentar o seu espaço nas empresas. Neste cenário, o mentoring, que já vinha conquistando a simpatia entre executivos, surgiu como uma forma de consolidar a liderança feminina corporativa e, de três anos para cá, vem ganhando lugar de destaque na carreira delas. Também vem sendo usado como uma forma de ampliar o olhar sobre o trabalho das mulheres e como alavanca para o crescimento de sua trajetória profissional.

No caso dessas profissionais, as mentoras tornam-se um espelho de liderança e um pilar para que elas possam vencer as barreiras do ambiente corporativo altamente competitivo onde, geralmente, os homens contam com maiores e melhores oportunidades de crescimento. Para as executivas ou líderes, esse processo pode ser o melhor caminho para aprimorar tanto a vida profissional quanto pessoal, uma vez que ambas acabam se interligando naturalmente, e uma ótima fonte de troca de experiências e de superação de desafios, evitando assim que muitos erros voltem a se repetir. O apoio de um mentor ou uma mentora é mais do que uma forma de aprimoramento dos negócios. Neste caso, funciona como estímulo profissional já que as mentoriadas veem neles e nelas o sucesso que desejam para si.

Contar com o apoio de alguém que já vivenciou mais do que você é fundamental para o sucesso de qualquer carreira, principalmente, para as mulheres que estão no meio da corrida, mas que ainda têm muitos desafios a enfrentar. Sabemos que é um trabalho de médio a longo prazo, mas que vai trazer resultados duradouros e permanentes até o fim da carreira.

* Patrícia Molino é sócia da KPMG da área de People & Change da KPMG.

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