Renegociar e escalonar o pagamento da dívida está entre as bandeiras do plano de governo do candidato à presidência Mauro Iasi (PCB). Ainda como propostas, a reforma tributária, a reversão ou não concessão das privatizações e o valor do salário mínimo apontado pelo Dieese.

O presidenciável propõe não somente a renegociação da dívida, mas sua moratória. “O que não pode acontecer é que 43% do fundo público, a priori, sejam para o pagamento de juros e serviços da dívida quando há tantas áreas essenciais a serem investidas”, defendeu.

Iasi afirmou que o imposto deveria ser progressivo e o ideal, não cobrar da população que consome. “Nós temos hoje isenções e renúncias fiscais em áreas de grandes monopólios que talvez não precisassem disso, enquanto setores da economia que precisam de fato de incentivos são abandonados”, criticou.

Ainda na entrevista, que foi concedida ao Portal G1, refletiu sobre as privatizações e disse que a Petrobras é uma incógnita para qualquer governo. “Há um mito de que ela só pode ser viável se operar como uma empresa de mercado, em que o governo intervenha o mínimo possível”, comentou. Na Petrobras ou em outras áreas, como no caso dos aeroportos, defende uma presença maior do estado, revertendo as privatizações ou não permitindo essas concessões.

O candidato também refletiu sobre o tabelamento de preços, principalmente o dos combustíveis que, para ele, envolve políticas de produção de energia e de mercado. “Se o Brasil tinha um combustível como o álcool, mais barato e ecologicamente melhor, que sentido tem isso, vincular o preço do álcool ao da gasolina? Tem sentido para o mercado, mas não para os que consomem o bem”, justificou. Iasi afirmou ser contra o direito de herança e Parcerias Público-Privadas e a favor do salário mínimo calculado pelo Dieese.