O governo deve anunciar hoje uma ampliação na concessão de parcelas adicionais do seguro-desemprego por causa da crise econômica, beneficiando mais 140 mil trabalhadores demitidos em dezembro.

Os novos benefícios atendem a um pleito das centrais sindicais, que consideraram haver lacunas na primeira leva divulgada pelo Ministério do Trabalho –em março, 104 mil desempregados já tinham sido atendidos com duas parcelas extras do seguro. O argumento dos sindicalistas é que os estudos técnicos não contemplaram subsetores em algumas regiões do país, deixando para trás categorias fortemente afetadas pelas demissões em dezembro, quando mais de 650 mil empregos formais foram fechados.

Segundo a Folha apurou, os novos estudos do ministério apontaram que a concessão dos benefícios adicionais atenderá, principalmente, trabalhadores demitidos nos setores de metalurgia, couro, calçados e fumo. As parcelas adicionais ainda precisarão ser ratificadas pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), que tem uma reunião prevista para a próxima semana.

A lei do seguro-desemprego permite o pagamento de duas parcelas adicionais aos trabalhadores em casos excepcionais. Na primeira lista de beneficiários, foram cobertos 42 subsetores da economia em 16 Estados, com um custo de até R$ 126 milhões para o FAT. Os Estados de São Paulo e de Minas Gerais foram os que apresentaram o maior número de beneficiários, e os setores em que o mercado de trabalho foi mais prejudicado foram as indústrias metalúrgica e mecânica.

Folha Online

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