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Os brasileiros de menor poder aquisitivo representam a maioria dos consumidores que aderiram voluntariamente ao ‘Cadastro Positivo’. Os dados são de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Segundo o estudo, em cada dez consumidores atualmente inscritos, nove (85,75%) pertencem às classes D e E, sendo que mais da metade (54,10%) são da classe D e 32,65% da classe E. Os membros da classe C são 9,87% e os das classes A e B representam 1,38% do total de cadastrados.

A SPC afirma que as famílias das classes D e E não têm acesso a serviços financeiros e lidam com dificuldades para comprovar a renda e conseguir crédito na praça.

O levantamento também revela que após aderirem ao Cadastro Positivo, as financeiras e os bancos (52,83%) foram onde os consumidores inscritos na ‘lista de bons pagadores’ mais buscaram crédito. Outros segmentos de destaque são estabelecimentos comerciais que vendem artigos e peças de vestuário (16,97%), comércio de calçados (16,44%) e empresas de telefonia (13,76%).

Em vigor desde agosto de 2013 após uma resolução do Banco Central, o Cadastro Positivo é um banco de dados que funciona de maneira inversa ao chamado ‘Cadastro Negativo’. Em vez de catalogar o CPF de consumidores inadimplentes, a lista mostra quem paga as contas em dia.

A ideia é que o empresário que concede crédito possa conhecer melhor os hábitos de consumo do cliente para poder oferecer vantagens financeiras, como juros menores e melhores condições de pagamento.

Ainda de acordo com o levantamento, a maior parte das pessoas que aderiram ao Cadastro Positivo é composta por consumidores recém-iniciados na fase adulta da vida ou em fase da maturidade profissional e com famílias já constituídas.

Do total de inscritos, 44,37% têm entre 25 e 38 anos de idade. A segunda faixa etária de maior destaque são os consumidores com idade que vai de 39 a 45 anos (15,24%). Os mais jovens, compreendidos na faixa de 18 a 24 anos, representam 12,57% do total de aderentes. Completam a lista os adultos de 46 a 52 anos (11,08%), de 53 a 59 anos (7,74%) e os idosos acima de 60 anos (6,94%). Já a participação por gênero mostra um cenário de equilibro: 47,04% são mulheres, ao passo que 50,97% são homens.

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