Luciana Genro quer cobrança de impostos sobre grandes fortunas
No plano de governo da candidata à presidência Luciana Genro (PSOL) está a reforma tributária, incluindo o Imposto sobre as Grandes Fortunas e o fim do fator previdenciário. Ela também defende que áreas estratégicas do país não fiquem nas mãos da iniciativa privada.
Conforme a candidata, ao Jornal da Record (TV Record), a aplicação de impostos sobre as grandes fortunas, se regulamentada, vai atingir um grupo de cerca de cinco mil milionários que acumulam uma riqueza, em média, de R$ 400 milhões. A intenção é instituir uma alíquota de 5% nos casos acima de R$ 50 milhões e arrecadar aproximadamente R$ 90 bilhões ao ano.
A candidata criticou o fato de as instituições financeiras pagaram 17% de tributos e a indústria, conforme ela, que é mais produtiva e gera mais empregos, 35%. “É muito diferente a economia real dessa especulação, desses mercados de capitais que simplesmente se sustentam numa economia virtual que não tem nada a ver com emprego, com geração de renda”, completou. Falou também que é preciso controlar os capitais especulativos de entrarem e saírem livremente do país. “Vamos taxar mais fortemente o sistema financeiro”, esclareceu.
Para ela, há necessidade de alterar a estrutura tributária e a concentração de renda no país, a qual chamou de brutal, onde 15 famílias retêm uma riqueza equivalente a dez vezes o que o Brasil gasta com o programa Bolsa Família em um ano. Seu propósito é diminuir o imposto sobre o consumo e o salário e aumentar o imposto sobre a riqueza e a propriedade para aliviar o assalariado, a classe média.
Ainda, como metas do plano de governo do PSOL, a presidenciável disse que o Estado precisa intervir nos setores mais estratégicos para controlar os preços e combater a inflação. “O Estado pode e deve retomar essas áreas estratégicas”, referindo-se a tarifa de energia elétrica.
Além desses assuntos, Luciana Genro falou sobre previdência. “Nós podemos sim acabar com o fator previdenciário e fazer a vinculação entre o reajuste das aposentadorias e do salário mínimo, porque hoje o cidadão se aposenta ganhando três salários e em poucos anos ele está ganhando um”, justificou. De acordo com ela, a previdência faz parte da Seguridade Social e está superavitária. Além da contribuição do trabalhador, o lucro líquido de encargo das empresas também compõe essa receita.
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