Juros bancários sobem para maior nível em cinco anos, aponta Procon-SP
Os custos das linhas de crédito “empréstimo pessoal” e “cheque especial” aumentaram nos principais bancos do país em novembro, constatou pesquisa da Fundação Procon-SP. A taxa média para empréstimo pessoal aumentou de 6,04% ao mês para 6,15% entre o início de outubro e o dia 4 de novembro.
Já a taxa média para a linha de cheque especial aumentou de 8,96%, detectada na pesquisa de outubro, para 9,24% em novembro, o maior juro desde julho de 2003.
A contração do crédito e a falta de liquidez (dinheiro em circulação), bem como o custo mais elevado do dinheiro, são os principais reflexos da crise financeira no Brasil. Nesse sentido, o Banco Central tem realizado uma série de mudanças no compulsório para injetar mais dinheiro na economia e normalizar a situação da concessão de crédito.
Dentre os dez bancos pesquisados, cinco aumentaram suas taxas praticadas na linha de empréstimo pessoal: Bradesco, Itaú, Real, Santander e HSBC. A maior taxa foi verificada no banco Real (8,15%) enquanto a menor (4,49%) na Caixa Econômica Federal.
Já na linha de cheque especial, sete bancos reajustaram suas taxas: Bradesco, Real, Safra, Santander, HSBC, Unibanco e Itaú. A maior taxa praticada foi registrada no banco Safra (12,30%) enquanto a menor (7,98%) foi encontrada na Caixa Econômica Federal.
No levantamento do Procon-SP, os pesquisadores estabeleceram como critério linhas de empréstimo pessoal com prazo de 12 meses a taxas pré-fixadas para clientes não-preferenciais. No caso das linhas de cheque especial, foi considerado um prazo de 30 dias.
Os bancos pesquisados foram: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
Em sua última reunião (dias 28 e 29 de outubro), o Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central) decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. A próxima reunião está prevista para o início de dezembro. Analistas do mercado financeiro consideram que o Comitê deve manter a taxa no final de ano.
A taxa básica serve de referência para os juros praticados no sistema bancário, tanto nas linhas para pessoa física quanto pessoa jurídica.
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