Já começou a Black Fraude, dizem consumidores
À meia-noite desta quinta para sexta-feira, 29, começa a Black Friday. O evento promete descontos de até 80%. Mas já estão sendo encontrados indícios de fraudes no preço dos produtos.

Chegou a hora. Na virada desta quinta para sexta-feira, 29, começará mais uma edição da Black Friday brasileira. A megaliquidação deste ano deve reunir 120 empresas no site oficial do evento, que prometem descontos de até 80%. Mas apesar de cada vez mais brasileiros estarem conhecendo a iniciativa, ela não tem chamado a atenção de muita gente e tem causado mais revolta do que satisfação.

Uma pesquisa realizada pelo aplicativo Pinion – plataforma de pesquisas de opinião sobre consumo e marcas – com mais de duas mil pessoas, revela que 66% dos entrevistados conhecem o evento, mas 70% nunca participaram de nenhuma das edições, iniciadas em 2010. O motivo principal (32%) são os preços não convidativos.

Mas se os descontos chegam a 80%, como alguém pode reclamar de preços? A resposta está no segundo motivo que leva os consumidores a não aderirem ao evento: 15% disseram ter lido sobre a Black Friday e só visto reclamações. Estoque indisponível (14%), problemas no site (12%), condições de pagamento não atraentes (11%) e frete muito caro (6%) foram outros motivos alegados para que as pessoas não aderissem à megaliquidação.

De acordo com a pesquisa, 71% dos consumidores afirmam que procuram se informar com antecedência sobre os produtos que desejam comprar. Isso está fazendo com que sejam encontrados indícios de novas fraudes na promoção, ao contrário do que havia sido prometido.

A consumidora Maria Conceição Santos está na expectativa de comprar uma geladeira, por isso vem acompanhando os preços cobrados pelo produto. Em determinada loja, o refrigerador passou de R$ 2.014 para R$ 2.141 no dia seguinte. Nessa quinta-feira, o produto já custava R$ 2.200. Foi exatamente este motivo que gerou o maior número de críticas em 2012: as lojas aumentavam os preços dias antes da promoção para depois dar um desconto que, na verdade, apenas o devolvia ao valor inicial.

Em outro caso, o consumidor Carlos França Leão relatou, via Facebook, a evolução de preços de um produto que ele está interessado em comprar, um Motorola Moto G Colors de 16GB. Em um site, o equipamento já passou de R$ 703,12 para R$ 899. Em outro, a alteração foi de R$ 703,12 para R$ 799. Em uma terceira loja on-line, o valor saiu de R$ 703,12 para R$ 759,05.

No ano passado, dos 1.700 produtos analisados pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), somente 48 tiveram, de fato, redução de preço no dia da promoção.

Não é só pela internet que os consumidores poderão adquirir produtos a preços supostamente mais baixos com a Black Friday. Algumas lojas físicas em todo o país pretendem aderir ao evento. A orientação do Procon-SP tanto para as lojas físicas quanto para as virtuais é rastrear os preços antecipadamente para evitar cair nas armadilhas de promoções desvantajosas.

Na internet, a recomendação é imprimir, salvar e ficar atento às políticas de privacidade dos sites de venda e às informações dos produtos, que devem ser detalhadas para que se tenha a certeza de que ele supre as necessidades do consumidor.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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