Item Água e Esgoto empurra inflação para cima. IPC aumenta 0,66%
O grupo Habitação representou, puxado pelo aumento de 4,54% do item Água e Esgoto, a principal pressão de alta sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em outubro, com avanço de 0,66%.
Somente o item Água e Esgoto respondeu por 21% do IPC de outubro, que foi de 0,39%, variação levemente acima da previsão da Fipe para o indicador geral, que era de 0,38%. Água e Esgoto liderou o ranking dos itens de contribuições de alta da inflação em outubro, e deve permanecer em trajetória ascendente até a próxima leitura da Fipe, na primeira quadrissemana de novembro, quando está previsto o pico do impacto do reajuste da Sabesp sobre o IPC. A partir daí, tende a desacelerar.
“Além de Habitação, foram importantes ainda para a inflação Alimentação e Despesas Pessoais. Os outros grupos contribuíram muito pouco, sem contar Vestuário, que caiu”, disse Costa Lima.
Entre os grupos pesquisados pela Fipe, a maior variação positiva foi registrada em Despesas Pessoais, que passou de 0,68% na terceira quadrissemana para 0,80% no fechamento do mês passado. Nesse caso, o avanço foi puxado pelo aumento de 8,82% em passagens aéreas. “Aparentemente, houve uma reorganização do setor após a compra da Webjet pela Gol, permitindo uma recuperação das margens”, disse o coordenador-adjunto. Atrás de Água e Esgoto, este item foi o segundo no ranking dos principais aumentos a contribuírem com a inflação em outubro, com contribuição de 11,40% no IPC ou 0,04 ponto porcentual.
Alimentação acelerou de 0,47% para 0,53%, entre a terceira quadrissemana e o fechamento de outubro. O movimento foi liderado pelo avanço de 1,31% em Semielaborados, por sua vez puxado pelas altas de carnes – o contrafilé (+5,56%) aparece em quinto lugar no ranking dos aumentos que mais contribuíram para o IPC. “Carnes e cereais foram destaque de alta, além da desaceleração da queda dos in natura”, comentou Costa Lima, acrescentando que estamos no período da entressafra das carnes.
Pelo lado contrário, a surpresa favorável foi Vestuário, cuja queda ganhou força desde a leitura anterior (de -0,60% para -0,72%). “Este grupo tem apresentado uma trajetória oscilante nas últimas quadrissemanas, bem diferente do que ocorreu nos anos anteriores”, afirmou o coordenador-adjunto.
Com informações do portal G1.com
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