Em 2011, a China irá investir cerca de nove bilhões de dólares (R$ 14 bilhões) no Brasil, principalmente na indústria de alta tecnologia, que receberá metade do valor. O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, ao jornal “China Daily”.

O Brasil vende sobretudo matérias-primas para a China, principal sócio comercial do país e maior investidor estrangeiro em 2010, e quer diversificar suas exportações para produtos com alto valor agregado.

No fim de 2009, 95% dos investimentos chineses acumulados no Brasil, que chegavam a 12,67 bilhões de dólares, foram feitos nas áreas de energia (45%), agricultura (20%), minas (20%) e siderurgia (10%), segundo o banco Bradesco, em dados citados pelo jornal chinês. O Brasil pediu às empresas chinesas que iniciem investimentos em setores diferentes para reequilibrar a balança. Teixeira afirmou ao jornal de Pequim que para investir em agricultura a partir de agora as empresas estrangeiras terão que encontrar sócios locais.

“As matérias-primas constituem 70% do comércio bilateral”, disse Teixeira, que defendeu uma melhor relação comercial na área de tecnologia.

Durante uma visita ao Brasil em maio, o ministro do Comércio chinês, Chen Deming, afirmou estar interessado em investimentos na modernização das infraestruturas do país.

A China se tornou, em 2010, o principal pareceiro comercial do Brasil, superando os Estados Unidos e os investimentos aumentaram a US$ 17 bilhões, de acordo com o China Daily, que não apresenta detalhes dos gastos.

Com informações do Portal Folha.com

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