Inflação tem a menor taxa dos últimos quatro meses, constata FGV
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) , medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu a menor variação dos últimos quatro meses, na segunda prévia de junho, com alta de 0,29%, ante 0,43% na pesquisa anterior. Foi a taxa mais baixa desde o encerramento de fevereiro, quando ela havia aumentado em 0,21%.
Esse resultado reflete a oscilação de preços, num período de 30 dias, encerrado em 15 de junho, dos produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e 33 salários mínimos em sete localidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Distrito Federal.
Dos sete grupos pesquisados, dois apresentaram deflação: alimentação, que passou de uma alta de 0,04% para -0,04%, com baixa de preços na média das hortaliças e legumes e transportes, com -0,15% , a mesma variação da pesquisa anterior. No período, a gasolina teve queda de 0,08%, mas em rítmo menor do que na pesquisa passada ( -0,29%).
Segundo o coordenador da pesquisa, Paulo Picchetti, a inflação vinha apresentando aumentos por conta da pressão de alguns itens como cigarros, por exemplo, e tarifas públicas (contas de água e luz) . “A partir de agora, os índices deverão mostrar números mais fiéis ao comportamento dos preços em geral e mais próximos da realidade econômica brasileira.”
Ele se referia ao fato de terem sido constadas desacelerações nos grupos habitação (de 0,65% para 0,48%) e despesas diversas ( de 3,27% para 1,96%). No caso do primeiro, já não pesa tanto a tarifa de energia elétrica, como na pesquisa anterior, tendo saltado de um aumento de 1,21% para 0,14%. Já em despesas diversas o que mais contribuiu para a redução na velocidade de alta foi variação de preços do cigarro, que passou de 8,81%, no período encerrado em 7 de junho, para 4,90%, em 15 de junho.
Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: vestuário, de 0,59% para 0,55%, com destaque para a diminuição no rítmo de aumentos das roupas femininas, de l,50% para 0,91%; saúde e cuidados pessoais, de 0,45% para 0,47%), refletindo o reajuste de preços dos serviços médicos, de 0,17% para 0,59%, e educação, leitura e recreação, de 0,09% para 0,11%, aumento puxado pela desaceleração nos bilhetes aéreos, de -1,94% para -0,77%.
Marli Moreira – Agência Brasil
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