A inflação para as famílias com rendimentos de até dois salários mínimos e meio teve em setembro variação de 0,02%. O resultado ficou 0,18 ponto percentual abaixo do observado um mês antes (0,20%). Os dados relativos ao Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1) foram divulgados nesta segunda-feira (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A variação de preços para essa parcela de brasileiros foi inferior à inflação para a população com ganhos de até 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que ficou em 0,18% no mesmo período.

No ano, o IPC-C1 acumula elevação de 3,47%, pouco acima dos 3,41% acumulados pelo IPC-BR. Nos 12 meses encerrados em setembro (inflação anualizada), a alta é de 5,13%, acima dos 5,02% acumulados no mesmo período pelo IPC-BR.

Contribuíram para o resultado de setembro as reduções observadas nos grupos alimentação (de 0,01% para –0,47%), influenciado principalmente por hortaliças e legumes (de 1,87% para –1,04%); e habitação (de 0,99% para 0,61%), especialmente gás de botijão (de 4,21% para 2,88%).

O levantamento da FGV revela que ficaram mais caros para o consumidor os itens dos grupos vestuário, pressionado por roupas (de –0,85% para 0,93%); despesas diversas (de –0,19% para 0,26%), com a contribuição de alimento para animais domésticos (de –1,33% para 0,95%); saúde e cuidados pessoais, puxado por medicamentos em geral (de –0,39% para 0,37%); educação, leitura e recreação (de 0,03% para 0,06%), especialmente show musical (de –1,54% para 1,32%); e transportes (de 0,01% para 0,02%), influenciado por gasolina (de 0,30% para 0,49%).

O IPC-C1, divulgado mensalmente, foi lançado oficialmente pela FGV no ano passado. A série histórica, no entanto, teve início em janeiro de 2004.

Agência Brasil / Thais Leitão
Edição: Juliana Andrade

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