O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para fixar as metas de inflação, ficou em 0,47% em maio. O resultado ficou praticamente estável em relação ao do mês anterior, quando a taxa registrada havia sido de 0,48%.

No acumulado do ano, a elevação é de 2,20%, abaixo dos 2,88% relativos ao mesmo período de 2008. Nos 12 meses encerrados em maio, a taxa acumulada é de 5,20%, também inferior aos 5,53% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio do ano passado, o IPCA havia ficado em 0,79%.

De acordo com os dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice permaneceu praticamente inalterado porque da alta verificada nos preços de alimentação e bebidas, cuja taxa passou de 0,15% em abril, para 0,44% em maio, os preços de produtos alimentícios subiram menos, passando de 0,58% para 0,48% de um mês para o outro.

No caso dos alimentos, a elevação foi puxada principalmente pelo leite pasteurizado. O produto, em período de entressafra, ficou 9,77% mais caro e foi o que mais contribuiu para a inflação do mês. Também ficaram mais caros para o consumidor os queijos (1,39%), o leite condensado (1,12%), o leite em pó (1,10%), a batata inglesa (14,77%), a cenoura (5,64%) e o tomate (2,32%).

A segunda maior contribuição foi do grupo despesas pessoais (de 2,14% para 1,57%), influenciado especialmente pelo preço dos cigarros, que continuaram em alta (9,21%), embora menos intensa do que nos mês anterior (14,71%).

Também houve queda no ritmo dos itens empregado doméstico (de 1,83% para 1,35%), saúde e cuidados pessoais (de 1,10% para 0,68%). O grupo vestuário sofreu elevação, passando de 1,08% para 1,16%, e o habitação ficou praticamente estável (de 0,75% para 0,72%).

Entre as regiões, Goiânia foi a que apresentou a taxa mais elevada no mês (0,97%), influenciada principalmente pelo reajuste de 12,50% em ônibus urbanos. Por outro lado, a menor taxa foi observada em Curitiba (0,15%).

O IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belém, Curitiba, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Salvador, além de Brasília e do município de Goiânia. Para o cálculo do índice, os preços foram coletados entre 29 de abril e 29 de maio e comparados com os preços vigentes de 31 de março e 28 de abril.

Thais Leitão – Agência Brasil

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