A inflação de 0,22% no mês de agosto foi a mais baixa desde outubro do ano passado, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados, divulgados nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam para uma desaceleração já esperada pelo mercado na alta dos preços para 2015, como foi visto no boletim Focus, do Banco Central, da terça-feira, 8.

A desaceleração foi de 0,4 ponto percentual em relação aos 0,62% de julho e 0,03 em comparação com os 0,25% de agosto do ano passado. Para o mês, este foi o menor nível do IPCA desde 2010, quando a elevação foi de 0,04%.

O acumulado dos 12 meses, de 9,53%, também foi menor que o registrado no mês de julho (9,56%). Apesar de continuar bem acima do teto da meta, de 6,5%, foi a primeira queda depois de sete altas consecutivas. No ano, o IPCA acumulado, que já tinha ultrapassado o teto da meta no mês de julho, alcançou 7,06%, em agosto.

O grupo de preços que representou a maior queda foi o dos transportes (-0,27%), puxado principalmente pelo recuo de 24,9% no custo das passagens aéreas. Outros itens isolados como a batata-inglesa, o morango, o tomate e o quiabo caíram 14,75%, 14,72%, 12,88% e 10,04%, respectivamente, fazendo com que o grupo de alimentos tivesse uma deflação de 0,01%, no mês.

Apesar da desaceleração do IPCA e da diminuição da média dos preços dos alimentos e dos transportes, estes foram os únicos grupos que apresentaram deflação no período. Do restante, os mais inflacionados foram os das despesas com educação (0,82%), despesas pessoais (0,75%) e saúde (0,62%).

Com informações do Valor Econômico e da Folha de S. Paulo.