A confluência de vários indicadores econômicos, como a redução da taxa básica de juros (Selic), a desvalorização do dólar (-9,42%), além da queda no índice de inflação, permitiu uma redução no custo da dívida pública federal no mês de maio. O custo médio da dívida acumulado em 12 meses passou de 15,3% em abril para 14,3% em maio, reflexo da variação dos indexadores.

Houve aumento na participação de pré-fixados de 27% no final de abril para 28,2% no final de maio. Os papéis indexados pela taxa Selic passaram de aproximadamente 35% em abril para 36% no final de maio. Já os títulos atrelados a índices de preços caíram de 27,9% para 26,10%, pois maio é um mês de vencimento de papéis vinculados a inflação.

“Ao final de maio, a composição de todos esses papéis se situou dentro da banda prevista no PAF (Plano Anual de Financiamento) para o final do ano”, comentou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Guilherme Pedras.

No mês de maio, a emissão líquida foi de R$ 3,07 bilhões, resultado de emissões no valor de R$ 42,30 bilhões e resgates de R$ 39,23 bilhões. Das emissões no mercado doméstico mais da metade, R$ 20,9 bilhões, foram em papéis pré-fixados, R$ 14 bilhões em papéis atrelados à Selic e R$ 5,5 bilhões em títulos indexados à taxa de inflação.

O Tesouro Nacional registrou aumento expressivo da demanda por papéis pré-fixados de 10 anos. A procura foi acentuada devido a queda taxa de juros de 12,60% ao ano no final de abril para 11,7% no final de maio.

“A queda no nível da taxa de juros projetada pelo mercado associada à expectativa de uma melhora da economia brasileira se refletiu numa demanda expressiva tanto por papéis pré-fixados quanto aos atrelados pelo índice de preços” observou o coordenador de Operações da Dívida.

Tesouro Direto – As emissões do Tesouro Direto obtiveram no mês passado o melhor resultado para meses de maio desde o início do programa, atingindo R$ 150,5 milhões. Mais da metade da demanda (52%) foi por papéis atrelados à inflação. Em maio, 2.563 novos investidores se cadastraram no Tesouro Direto, totalizando 158.678 investidores desde o início do programa, o que significa um incremento de 33,58% nos últimos 12 meses.

Dívida Externa – Conforme o coordenador da Dívida, outro fato relevante no mês de maio foi a reabertura do bônus Global 2019, com valor financeiro de R$ 1,605 bilhão. “A emissão aproveitou um bom momento do mercado, já que a taxa de juros da operação foi de 5,80%, em níveis históricos bastante baixos”.

Pedras destacou que ao longo desse bimestre do Buyback (resgate antecipado), o Tesouro Nacional comprou títulos de prazos semelhantes à taxas superiores às emissões do Global 2019.
“Isso dá uma idéia das operações ativas de gerenciamento de dívida a gerar o que chamamos de ganhos a valor presente ao Tesouro Nacional, além de ser operação de alongamento e de aumento da eficiência e da qualidade da curva de juros no mercado externo em dólar”, observou.

Estoque – O estoque da dívida pública federal apresentou aumento, em termos nominais, de 0,31%, passando de R$ 1,384 trilhão em abril para R$ 1,388 trilhão em maio.

Ministério da Fazenda

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