Impulsionada pela agroindústria, economia brasileira cresce 2,3%
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) avançou 0,7%, superior à contração de 0,5% do trimestre imediatamente anterior. O quarto trimestre de 2013 comparado ao mesmo período de 2012 teve avanço de 1,9%. Em valores, o PIB somou R$ 4,84 trilhões.
O desempenho econômico brasileiro no ano passado foi melhor que em 2012, quando o país avançou apenas 1%. Ainda assim, os números são inferiores à expectativa do mercado anunciada no fim de 2012 e início de 2013, quando os especialistas chegaram a prever um PIB de 4%. Com o passar dos meses e os resultados de produção e inflação cada vez mais preocupantes, esse otimismo foi diminuindo, culminando numa previsão parecida com o registro oficial anunciado pelo IBGE nesta quinta.
PIB por setores
Como em 2012, o setor que mais contribuiu para o resultado positivo de 2013 foi o agropecuário. Com a safra recorde de grãos, a produção agrícola avançou 7%. Os investimentos foram outro destaque positivo, saindo de um recuo de 4% para uma expansão de 6,3% no ano passado.
As exportações tiveram um pequeno incremento de 2,5%, o que demonstra a fraqueza da produção nacional, principalmente se levado em consideração a alta de 8,4% das importações. O consumo das famílias caiu, saindo de 3,2% em 2012 para 2,3% no ano passado.
O setor de serviços avançou 2%, o consumo do governo cresceu 1,9% e a indústria teve outro ano fraco, com expansão de apenas 1,3%.
Selic maior
Como a economia brasileira é sustentada pelo consumo, principalmente interno, e o consumo foi baixo no ano passado diante da inflação de 5,91% concentrada em alimentos e serviços, o Banco Central está particularmente incomodado com a alta dos preços. Por isso, na reunião desta quarta-feira, 26, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros básicos (Selic) para 10,75%: uma alta de 0,25 pontos percentuais, menor que os 0,5% que vinham sendo incrementados nos últimos meses.
Embora a Selic maior freie a produção, ela também limita o consumo, segurando a inflação. Com isso, o BC espera equilibrar o cenário econômico, considerado complicado pelos economistas.
Expectativas
Para 2014, os especialistas apostam em outro ano fraco para o Brasil. Com a inflação ainda em alta — projetada em mais de 6% —, confiança dos consumidores e empresários em baixa, crédito restrito e desaceleração do emprego e rendimento, as previsões para o PIB variam entre 1,8% e 2,2%.
Com informações da Folha de S. Paulo e do portal G1.
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