Greve nacional dos bancários paralisa 6,5 mil agências em todo o país, informa Contraf
De acordo com o último balanço da greve nacional dos bancários, 6.527 agências estão fechadas em 26 estados e no Distrito Federal, o que representa um crescimento de 68,9% em relação ao primeiro dia do movimento (29 de setembro). Também estão paralisados os centros administrativos dos bancos nas capitais, segundo informação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Atividades Financeiras (Contraf).
A entidade encaminhou carta ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Fábio Colletti Barbosa, protestando contra medida tomada pelos bancos de alterar o horário de trabalho dos funcionários durante a madrugada. A medida foi entendida pela categoria como uma forma de enfraquecer o movimento. Segundo a Contraf, a alegação dos bancos para a mudança foi a “necessidade de garantir a produtividade e a realização dos serviços”. Na correspondência à Fenaban, a entidade sindical alega que a medida configura “prática assediante e ilegal que atenta contra a organização sindical e a livre associação de seus empregados, prejudicando a saúde do trabalhador, que se vê obrigado a sair de casa em horário incompatível com sua jornada habitual, já que não lhe é dado o direito de opção, haja vista a constante ameaça de demissão”.
Segundo a Contraf, as assembleias dos sindicatos, realizadas em âmbito nacional no dia 28 de setembro, rejeitaram a proposta de reajuste de 4,29% apresentada pela comissão de negociação dos bancos, e apoiaram a deflagração da greve no dia seguinte. A entidade de classe reclama que os bancos vêm sendo orientados a adotar “outra prática antissindical, com a interposição de interditos proibitórios nas agências, cujo único escopo é tolher a greve, instituto garantido por lei, enfraquecendo o movimento por meio de liminares e o pedido de arbitramento de multas altíssimas” aos sindicatos. Na carta à Fenaban, a Contraf reafirmou a disposição de negociar com os banqueiros a pauta de reivindicações, entre as quais o reajuste de salários em 11% a partir de setembro, mês da data base da categoria.
Lourenço Canuto / Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
Comentários
Ainda não há nenhum comentário para esta publicação. Registre-se ou faça login e seja o primeiro a comentar.