Nova proposta dos bancos é rejeitada e greve dos bancários continua
No seu quarto dia de duração, a greve dos bancários teve mais uma rodada de negociação entre representantes da categoria e dos bancos. No encontro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste de 7% para salários e benefícios, além do abono de R$ 3,3 mil, que foi rejeitada pela categoria. Diante da recusa, uma nova rodada foi marcada para terça-feira, 13, às 14h.
Os representantes dos trabalhadores rejeitaram na mesa o que consideram um rebaixamento do índice, que, segundo eles, representa perda salarial de 2,39% em relação à inflação de 9,62% (INPC).
Em nota, a Fenaban afirma que a “proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica.”
No último boletim, divulgado na quinta-feira, 8, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) afirma 8.454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil. O número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira.
A proposta anterior apresentada pelos bancos e rejeitada pela categoria oferecia reajuste de 6,5% no salário e em benfícios como auxílio-refeição, auxílio-creche e vale-alimentação, além de abono de R$ 3 mil.
A categoria reivindica um ajuste salarial de 5% e a reposição de 9,57% da inflação. Além disso, os bancários pedem também a valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), Participação dos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho e defesa do emprego.
As negociações, segundo a Contraf, começaram no dia 9 de agosto com a entrega das pautas de reivindicações. Desde então ocorreram seis rodadas.
A última greve dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e durou 21 dias. Na época, a categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.
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