Governo vai cortar impostos para barrar alta das tarifas de ônibus
A nova medida do governo para conter a inflação e beneficiar empresas e sociedade é cortar o PIS e o Cofins que incidem sobre o óleo diesel. A intenção é evitar ou reduzir o reajuste das tarifas de ônibus nos municípios que ainda não tiveram aumento. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, o governo pediu aos prefeitos que adiassem a decisão sobre as novas tarifas para que a inflação do primeiro semestre não ficasse muito pesada.
Paralelamente a isso, as empresas de transporte estão sendo beneficiadas com a desoneração da folha e um estudo do governo para rever a elevação do Imposto de Importação sobre borracha sintética, usada na produção de pneus. Com as medidas, o governo espera uma redução de 0,6 ponto percentual no ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Mas de acordo com especialistas, o recuo será de, no máximo, 0,4 ponto.
Outras medidas que devem causar impactos positivos nos índices inflacionários são a desoneração da folha de pagamento dos hospitais e o corte do PIS e Cofins que incidem sobre o faturamento das empresas de plano de saúde. Neste último caso, o governo ainda está reticente, porque a arrecadação destes tributos sociais dos planos de saúde ajuda no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Se for efetivado o corte de PIS e Cofins dos planos de saúde, o governo vai exigir como contrapartida melhorias no atendimento ao consumidor, tido como ponto fraco das companhias.
O Planalto ainda analisa o que será sancionado e vetado da Medida Provisória (MP) 582, que inclui dezenas de setores contemplados pela desoneração da folha.
Com informações do Estado de S. Paulo.
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