Governo pode recuar em propostas para mudanças no seguro-desemprego
Mudanças propostas na política de acesso ao seguro-desemprego podem ser revistas pelo governo depois de desconforto gerado entre a nova equipe econômica e as forças sindicais.

O governo federal estaria disposto a rever parte das mudanças propostas para o seguro-desemprego no final do ano passado. A informação é da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a equipe da presidente da República teria chegado à conclusão de que o pacote de mudanças proposto para o benefício não seria aprovado no Congresso Nacional.

A estratégia agora seria fazer concessões durante a tramitação da proposta. As dúvidas surgem depois das reações contrárias de sindicatos pelo país. As modificações no seguro dificultariam o acesso em alguns casos.

Nada foi anunciado concretamente ainda pela equipe econômica, mas uma das principais mudanças estaria no período mínimo de carência para quem pede o benefício pela primeira e pela segunda vez. O tempo mínimo trabalhado subiria de seis para 18 meses na primeira solicitação e, caso o período seja maior que dois anos, o trabalhador receberia cinco parcelas em vez de quatro, o padrão; Na segunda solicitação, o mínimo seriam 12 meses de trabalho e a quinta parcela seria recebida também no caso do beneficiário possuir dois anos de empresa. A partir da terceira solicitação, nada foi modificado e a carência permanece no mínimo de seis meses.

O ministro da fazenda Joaquim Levy reconheceu que foi infeliz nas afirmações feitas no Fórum Econômico Mundial em Davos, na semana passada. Segundo ele, o nosso modelo de seguro-desemprego está completamente ultrapassado. A afirmação gerou revolta nas forças sindicais do país, que consideram a mudança prejudicial especialmente no caso dos jovens, já que o desemprego nesta faixa etária está mais propício na atual situação econômica.

Com informações da Folha de São Paulo e da Agência Brasil.

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