Governo fará revisão do PIB em março, diz Meirelles
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo fará nova revisão do PIB em março, conforme previsto na legislação. Ele esclareceu que existe uma série de dados novos da economia dos meses de dezembro e janeiro que precisam ser consolidados antes do governo anunciar nova previsão.
O mês de dezembro, por exemplo, registrou recuperação da produção e de itens que são bons indicadores de atividade futura, como papelão ondulado e pedágio de carga pesada nas estradas, além do aumento do consumo de energia.
“Está havendo uma série de mudanças importantes, uma inflexão positiva na economia brasileira. Acreditamos que nós devemos deixar isso consolidar-se para, aí sim, analisar o crescimento do PIB”, declarou o ministro.
O ministro ainda disse considerar como previsão mais importante a de que o crescimento da economia no final de 2017 comparado com o final de 2016 será de 2%.
“Isto é, comparando PIB do final de 2017 com PIB do final de 2016, teremos um crescimento de 2% durante o correr do ano. É muito importante isso porque elimina o efeito estatístico de estarmos saindo de uma base baixa. Portanto o país já está numa trajetória de crescimento e vai crescer bem esse ano”, comentou.
Questionado sobre corte no orçamento deste exercício, Henrique Meirelles afirmou que para definir o contingenciamento existem questões relacionadas à arrecadação que precisam ser avaliadas, como o novo programa de repatriação que está em votação no Congresso. Para ele, existe chance de ser aprovado, mas adiantou que o governo tem uma previsão conservadora.
“É bom notar que a arrecadação do governo federal no programa do ano passado foi de R$ 23 bilhões. Então vamos aguardar como isso vai se desenrolar”, observou.
Citou, em seguida, a regulamentação do Programa de Regularização Tributária (PRT) também como fonte de aumento da receita para este ano. “É um programa que tem alguns meses para as companhias fazerem a sua regularização. Teremos uma noção também clara mais disso dentro de 90 dias”, completou.
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