Governo anuncia medidas para evitar filas de caminhões nos portos
O governo federal está preparando alguns planos para evitar, no escoamento da safra de 2014, as mesmas filas quilométricas que atrasaram embarcações e fizeram compradores internacionais cancelarem carregamentos brasileiros. Um deles é incentivar proprietários de terrenos próximos a rodovias que dão acesso aos portos para que criem áreas de estacionamento de caminhões.
Relembre os problemas com as filas nos acessos aos portos no início deste ano.
As medidas serão anunciadas na tarde dessa quarta-feira, 11, mas a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, adiantou que essa será uma das iniciativas adotadas para que os caminhões desçam até os portos somente quando o terminal tiver condições de despachar a carga transportada: “Isso é melhor para o caminhão, para a rodovia e para o porto”.
A prioridade é o porto de Santos, o maior do país. Os espaços devem ser pagos pelos caminhoneiros ou transportadoras. O governo também vai fazer um levantamento de quantos terrenos públicos existem nas imediações dos terminais para, se for o caso, até fazer investimentos como colocação de brita e contratação de segurança para essas áreas.
Na sexta-feira, 6, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos, publicou uma convocação para encontrar interessados em transformar em estacionamento terrenos localizadas nas proximidades das rodovias Anchieta e Imigrantes, no planalto ou nas margens do Rodoanel Mário Covas, e na Piaçaguera-Guarujá, todas vias de acesso ao porto.
A convocação estabelece a preferência por áreas superiores a 50 mil metros quadrados que não gerem impacto nas estradas ou na região urbana. Os interessados têm até 20 de dezembro para responder e, a Codesp, outros 20 dias para aceitar ou negar o pedido. Os estacionamentos terão comunicação direta com o porto, permitindo a liberação gradual dos caminhões para descarregamento.
Em outra medida, o governo pretende adotar ações para incentivar o uso dos portos durante a madrugada e aos finais de semana. De acordo com Gleisi, embora os portos funcionem 24 horas, os terminais operam com uma quantidade reduzida de funcionários, inclusive nos portos privados: “Nós ainda não estamos com esses horários utilizados plenamente”.
A preocupação do governo em buscar soluções emergenciais para as filas nas rodovias de acesso aos portos e para a organização do escoamento da produção ocorre um dia depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) barrar o leilão de arrendamento dos primeiros terminais em portos públicos. O objetivo era conceder 29 terminais à iniciativa privada até o fim do ano, mas com a decisão do TCU isso pode não ser possível.
O governo espera que os leilões provoquem um aumento de investimentos e de eficiência nos portos, diminuindo o custo para exportação de produtos brasileiros e melhorando a qualidade dos serviços.
Com informações do portal G1.
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