Força Sindical e Fecomercio criticam manutenção da taxa de juros pelo Copom
A Força Sindical e a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) criticaram ontem (10) a manutenção da taxa de juros em 13,75%, sem viés. Em nota, a Força Sindical diz que o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) “é um desastre para a economia brasileira” e “um banho de água fria no crescimento da economia” para o primeiro semestre de 2009.
“O governo não pode continuar com esta política que privilegia os especuladores em detrimento da produção e o emprego. A somatória da crise econômica com os juros em patamares estratosféricos vai prejudicar os trabalhadores que lutam para manter seus empregos”, disse o presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva.
Para a Fecomércio, a decisão do Copom está “dissociada da realidade econômica mundial”. “Pode-se dizer que mesmo parada, a Selic subiu até 2% nos últimos meses, na comparação com os juros vigentes nos EUA e na Europa, que têm sido drasticamente reduzidos pelos respectivos bancos centrais. Enquanto isso o nosso BC ignora o risco do contágio pela recessão mundial e se preocupa com o perigo mais imaginário do que real da inflação”, disse o presidente Abram Szajman.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes considerou a decisão do Copom “desastrosa”. Em nota assinada, o presidente do sindicato Miguel Torres afirma que a decisão “só serve para impedir o acesso ao crédito e permitir que os bancos continuem alimentando-se de taxas abusivas”.
“Enquanto o resto do mundo reduz suas taxas para aliviar os encargos para os seus cidadãos e afastar os efeitos nocivos da crise financeira, no Brasil, os senhores da economia dão as costas aos problemas da população e dos trabalhadores ameaçados de perderem os seus empregos, e mantêm os juros nas alturas”, disse.
Agência Brasil / Elaine Patricia Cruz
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