FMI prevê PIB brasileiro em 2,5% para 2013 e recomenda alta de juros
Para lidar com a inflação, o Brasil deve elevar ainda mais os juros básicos, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no documento “Perspectivas globais e desafios da política”, apresentado na reunião ministerial do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), em Moscou na semana passada.
O documento também cita o crescimento da economia brasileira, afirma que o país continua a desapontar e prevê um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para este ano – meio ponto percentual abaixo da estimativa anterior, de abril. Apesar disso, “finalmente”, diz o texto, o investimento está começando a dar sinais de expansão.
Ainda assim, a recomendação é para que a Selic continue a ser reajustada, por causa da dificuldade em conter a alta de preços, já que a inflação tem ficado acima ou muito próxima ao teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC).
O sistema de metas, que vigora no país, estabelece que a inflação fique em 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Mas não é só o Brasil que deve tomar medidas para resguardar-se de abalos financeiros. O FMI avalia que, em geral, todos os emergentes vão navegar em “águas mais turbulentas” e os governos precisam ficar atentos a um cenário de maior volatilidade, principalmente em vista da possibilidade de mudanças na política monetária dos Estados Unidos.
Entre os países desenvolvidos, EUA e Japão devem ser destaques em recuperação. Já na Europa, ainda em recessão, os estímulos monetários são necessários.
Diante deste cenário, a avaliação do FMI é de que o crescimento da economia global será menor que o esperado. Os principais responsáveis, segundo o documento, são os países da zona do euro, que seguem em recessão, e os emergentes, com desempenho abaixo do previsto para este ano.
Com informações do Estado de S. Paulo.
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