Financeiras preveem queda da Selic em 2010
O Sindicato das Financeiras do estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) considerou apropriada a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que manteve a taxa básica de juros (Selic) em 8,75% ao ano na reunião que terminou há pouco. Mas para a entidade, ao contrário do que projeta o mercado futuro, o Brasil tem condições de voltar a promover novos cortes na Selic no próximo ano.
O presidente da instituição que agrega as financeiras, José Arthur Assunção, é enfático: “É preciso lembrarmos, a cada dia, que o Brasil mudou de status internacionalmente. Nós não precisamos mais trabalhar com juros altíssimos para atrair capital estrangeiro, por exemplo. Muito pelo contrário. Já fazemos parte de um seleto rol de nações. E é crendo nisso fielmente que penso ser até possível uma redução dos juros no ano que vem”
Para Assunção, nem a inflação, que seria um obstáculo, se constitui num grande problema. “Muitos consideram que um forte crescimento econômico, nos próximos anos, poderia ser um fator que dificulte a queda dos juros pela possibilidade de pressionar a inflação. Mas a tendência da curva de inflação é declinante. Se pegarmos os últimos doze meses do IPCA, por exemplo, a taxa já está abaixo da meta de 4,5%. E tenho absoluta certeza que o investimento no país será fortíssimo. Não somente pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas, mas principalmente por termos saído quase ilesos da crise e apresentarmos fundamentos econômicos cada vez mais sólidos. Vem muito capital por aí, o que contribui para fortalecer o real.”
“Nosso destino, em pouco tempo, é termos taxas comparáveis às dos principais países do mundo. E, sendo assim, esses 8,75% ao ano, cá entre nós, ainda são muito altos”.
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