FGV registra deflação no custo de vida das famílias de baixa renda
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) da Fundação Getulio Vargas (FGV), que reflete os gastos das famílias com renda até 2,5 salários mínimos, teve deflação de 0,38% em junho. Segundo a FGV, foi a menor taxa desde setembro de 2008 (-0,57%). A taxa também ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que reflete os gastos de todas as famílias, que ficou em –0,21% em junho.
Apesar da deflação de junho, o IPC-C1 registra alta de 4,78% no ano e de 5,49% nos últimos 12 meses terminados em junho.
Entre as sete classes de despesa analisadas pelo IPC-C1, cinco apresentaram deflação no mês passado. As despesas com alimentação foram o principal destaque da pesquisa, desacelerando de -0,2% (maio) para -1,31% (junho), resultado influenciado pela queda de preços das hortaliças e legumes (de -5,21% para -8,07%) e da dupla arroz e feijão (de 5,43% para -0,22%).
Também foram registradas reduções no quesito habitação (de 0,63% para 0,14%); saúde e cuidados pessoais (0,66% para 0,4%); educação, leitura e recreação (0% para -0,05%); e vestuário (0,8% para 0,78%).
Já a inflação do grupo “despesas diversas” passou de 0,16% para 1,64%, sendo influenciada principalmente pelos cigarros. O grupo “transportes” teve o mesmo resultado da última apuração (-0,01%). Os destaques neste último grupo foram a gasolina (de -0,95% para -0,6%) e tarifa de ônibus interurbano (recuo de 0,42% para 0,17%).
Vitor Abdala / Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria
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