Faturamento real da indústria cresceu 3,6% em março com relação ao mês anterior, segundo a CNI.

Depois de dois meses seguidos de queda, o faturamento real da indústria cresceu 3,6% em março, com relação ao mês anterior, informou nesta quinta-feira, 9, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados são dessazonalizados, ou seja, ajustados para o período.

Na comparação com o mesmo mês de 2012, o indicador ficou praticamente estável (0,2%). No primeiro trimestre, houve recuo de 2,4% em relação ao período antecedente (dado dessazonalizado).

De acordo com o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os indicadores do setor ainda apresentam oscilações. “Estamos em movimento de recuperação, mas ainda muito gradual”, disse.

O economista da CNI, Marcelo de Ávila, acrescentou que há sinais desse movimento de recuperação, mas ainda pode haver interrupção em um mês ou outro.

O emprego no setor apresentou expansão de 0,2% em março, ante fevereiro. Em relação ao mesmo mês de 2012, o crescimento alcançou 0,5%. No primeiro trimestre, a expansão ficou em 0,3% contra os três meses anteriores.

A massa salarial real aumentou 0,8% em março, com relação a fevereiro (indicador dessazonalizado), e 1,5% em igual mês do ano passado. Houve recuo no resultado trimestral de 0,8%.

O rendimento médio real ficou estável no mês, em relação a fevereiro, e cresceu 1% quando comparado com março de 2012. No primeiro trimestre, houve recuo de 0,1%.

O indicador de horas trabalhadas apresentou expansão de 0,7%, em março contra fevereiro, recuando 3,3% ante o mesmo mês do ano passado. No primeiro trimestre, houve crescimento de 0,3%.

Em março, a indústria operou, em média, com 82,2% da capacidade instalada, com queda de 0,3 ponto percentual, a segunda seguida na comparação com o mês anterior. Entre o último trimestre de 2012 e o primeiro deste ano, o uso da capacidade instalada cresceu 0,2 ponto percentual.

Segundo a CNI, o recuo na utilização da capacidade instalada, na comparação de março com o mês anterior, é resultado do “baixo ritmo de recuperação” que leva a oscilações nos indicadores.

Kelly Oliveira / Agência Brasil.
Edição: Davi Oliveira.

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