O boletim Focus, realizado pelo Banco Central (BC) com economistas do mercado financeiro, apresentou uma nova piora nas expectativas para este e o próximo ano. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 26, o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano com uma contração maior que 3%, sendo a 15ª redução consecutiva, enquanto a estimativa é de que a inflação deve aumentar em aproximadamente 0,10%.

A inflação, antes estipulada em 9,75%, subiu para 9,85%. Essa variação foi a sexta alta consecutiva e, se confirmada, representará o maior índice registrado em 13 anos, superando 2002 quando houve uma taxa de 12,53%. O governo ainda estima uma taxa de 9,5% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), devido à elevação do dólar e a dos preços administrados (telefonia, ônibus, energia).

Em relação ao PIB, o mercado financeiro previu uma recuo de 3,02%, considerada a 15ª redução no indicador. Esse índice contrariou o esperado para este ano: uma diminuição de 3%. Caso seja consolidado, será o pior resultado desde 1990, época em que a taxa apresentou uma queda de 4,35%.

Para 2016, a expectativa de inflação subiu para 6,22%, quando antes era de 6,12%. Esta foi a 12ª elevação consecutiva e distancia-se cada vez mais da meta do governo de 4,5%. O BC, inclusive, já anunciou na última semana que o governo não vai conseguir atingir o objetivo e que apenas em 2017 será possível alcançar essa taxa.

A economia do país, paralelamente, deve contrair em 1,43%,configurando a terceira queda seguida na expectativa do PIB para o próximo ano. Antes a taxa era de 1,22%. Esta seria a primeira vez em que a economia registraria queda em dois anos consecutivos na série histórica registrada pelo IBGE, com início em 1948.

Com informações do jornal O Globo e G1.