Europa vive “depressão econômica”, afirma Nobel de economia
Com alto nível de desemprego, dificuldade em alcançar bons índices de crescimento econômico, consumo estancado e preço elevado dos ativos imobiliários e financeiros, a Europa vive o medo da recessão. E o sentimento não é infundado. Até o prêmio Nobel Joseph Stiglitz já afirmou, em um evento na Alemanha na semana passada, que a região está sofrendo uma “depressão econômica”.
Dados do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) mostram que a zona do euro estagnou no segundo trimestre deste ano, após um crescimento de apenas 0,2% no primeiro período.
A receita para tentar melhorar esse cenário tem sido a austeridade fiscal, proposta pela chanceler alemã Angela Merkel. Mas essa política foi criticada por Stiglitz, porque ela gera desemprego e não tem ajudado no crescimento econômico. O Nobel comparou a atual situação europeia com a vivida pela Japão em meados de 1990, quando a crise nipônica ficou conhecida como “década perdida”. “A única forma de descrever o que está acontecendo em alguns países europeus é depressão”, analisou Stiglitz.
O jornal norte-americano The Washington Post chegou a dizer que o momento vivido hoje pela Europa é pior do que o ocorrido na grande crise de 1930. Para o diário, a União Europeia não recuperou o patamar de riqueza anterior à crise de 2007, como ocorreu nos Estados Unidos, por exemplo. De acordo com a publicação, “a recessão da Europa é realmente uma depressão”.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
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