Estimativa de inflação oficial este ano tem quinto aumento seguido e chega a 5,11%
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram pela quinta semana seguida a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 5% para 5,11%. Para 2013, a estimativa permanece em 5,5%, há sete semanas.
O IPCA é o índice escolhido pelo governo para acompanhar a meta de inflação. Essa meta tem como centro 4,5% e margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, as estimativas para o IPCA estão acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior de 6,5%.
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e as alterações na taxa básica de juros, a Selic, são um dos instrumentos para calibrar os preços e influenciar a atividade econômica. Atualmente a taxa está em 8% ao ano, mas, como a economia está desaquecida, os analistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantenha o processo de corte da Selic, iniciado em agosto do ano passado. A expectativa é a redução da taxa para 7,5% ao ano, na reunião marcada para os próximos dias 28 e 29. Após a reunião deste mês, os analistas esperam ainda um corte de 0,25 ponto percentual. Assim, a Selic deve encerrar 2012 em 7,25% ao ano.
Em 2013, no entanto, para manter a inflação na meta, os analistas esperam que o Copom aumente a Selic, que, na avaliação deles, deve encerrar o período em 8,5% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 4,31% para 4,3%, neste ano, e de 4,8% para 4,65%, em 2013.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 7,24% para 7,7%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a projeção passou de 7,12% para 7,58%, em 2012. Para 2013, a projeção para os dois índices continua em 5%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 3,5%, neste ano, e passou de 4,5% para 4,38%, em 2013.
Kelly Oliveira / Agência Brasil
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