Especialistas alertam para bolha imobiliária no Brasil
Os critérios para financiamento imobiliário no Brasil são insustentáveis e o país está alimentando uma bolha com a abertura de crédito para famílias com renda baixa e média. A opinião do Nobel de Economia, Robert Shiller corrobora com a análise de outros especialistas ouvidos pela revista Exame internacionalmente.
Shiller é professor na Universidade de Yale em New Haven, Connecticut, e previu a crise imobiliária dos Estados Unidos. Lá, segundo ele, nunca ocorreu de os preços dos imóveis dobrarem em cinco anos, como acontece no Brasil.
Além da inflação no setor, o fato de a renda dos brasileiros não acompanhar essa alta e de os bancos estarem emprestando três vezes mais desde a crise financeira global, faz com que o risco de formação e estouro da bolha seja ainda maior. “É aí que está acontecendo algo no mercado de crédito e, como o governo está muito preocupado com o crescimento, eles não vão deter essa festa”, acredita o diretor de pesquisa para mercados emergentes da Nomura Holdings Inc.,Tony Volpon.
O objetivo do governo ao fomentar o “Minha Casa, Minha Vida” é impulsionar o mercado imobiliário para diminuir o déficit de habitação no país e estimular a economia. No mês passado, o programa passou a aceitar o financiamento de imóveis mais caros com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno, “as famílias já estão muito endividadas e o ritmo de crescimento dos créditos, especialmente no mercado imobiliário, é muito alto. Seria prudente diminuir o ritmo dos empréstimos”, completa.
Com informações do portal Exame.
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