A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) está fazendo um levantamento para apurar os prejuízos preliminares causados pelo excesso de chuvas na região do litoral e demais regiões catarinenses nos últimos 90 dias. Com auxílio dos Sindicatos Rurais, os números estão sendo atualizados diariamente e a previsão é desanimadora.

Em diversas culturas as perdas da safra são assustadoras. Dos 70 mil produtores de feijão do Estado de Santa Catarina, 80% foram atingidos e a produção prevista de 150 mil toneladas registra quebra de 50%, ou seja, 75 mil toneladas de feijão deixarão de ser colhidas representando um prejuízo de R$ 124 milhões de reais.

A safra de arroz terá quebra de 15% o que significa que 165 mil toneladas serão perdidas com prejuízo de R$ 96 milhões de reais. A produção de trigo estimada em 250 mil toneladas, nesta safra, terá perda de 20% e R$ 23 milhões de reais. Dos 18 mil produtores de cebola em atividade em SC, 100% foram atingidos pelo excesso de chuvas e a produção estimada em 400 mil toneladas terá quebra de 50%, o que representa um prejuízo de R$ 100 milhões de reais.

A produção de fumo terá prejuízos de R$ 48 milhões de reais já que no mínimo 20% da safra será perdida. Outros R$ 12,5 milhões de reais serão perdidos pelos produtores de mel e a safra de 5 mil toneladas terá quebra de 50%. Os 75 mil produtores de leite de SC também terão prejuízos estimados em R$ 6 milhões de reais pois a perda é de 10% da produção diária. Na bovinocultura de corte a perda estimada é de R$ 5 milhões de reais.

Informações do Ceasa apontam que 100% dos produtores de hortaliças do Estado foram afetados pelas chuvas e as perdas devem chegar a 80%, somando prejuízos de cerca de R$ 1 milhão de reais. As culturas de soja e milho que não apresentam perdas significativas começam a preocupar os produtores pela falta de chuva nas demais regiões do Estado onde faz 15 dias que não chove. “O quadro é grave para a agricultura como um todo. Onde não há excesso há falta de chuva. Nesse momento é muito difícil calcular o valor real do rombo, mas sabemos que é muito dinheiro”, analisa o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri.

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