inovação

 

Eric Asher mostra quais são os caminhos da inovação (Foto: Divulgação)
Eric Asher mostra quais são os caminhos da inovação (Foto: Divulgação)

Inovação é um dos principais desafios para empreendedores, sendo um importante conceito para garantir o desenvolvimento de um negócio, colocando a empresa em posição de destaque em relação aos concorrentes. Mas como investir em inovação? De acordo com o CEO da Monashees Capital, Eric Asher, um processo inovador é fruto da união entre dois principais elementos: criatividade e planejamento. A afirmação foi feita durante palestra realizada na última quinta-feira, 5, durante a Expogestão 2016, em Joinville (SC).

Para o gestor, a situação do Brasil é bastante positiva nesse sentido, pois a criatividade é uma característica natural da cultura brasileira, ao contrário do que ocorre em outros países, como a Coreia do Sul, onde é necessário contratar especialistas para resolver essa questão. Esse diferencial, entretanto, sofre com a falta de planejamento. “Criatividade sem planejamento é improviso. Se conseguirmos juntar as duas coisas, criatividade com planejamento, vira inovação”, completa.

Outro aspecto abordado por Asher é a dificuldade encontrada por empreendedores para levarem um projeto adiante. A burocracia é um dos principais aspectos que desestimulam a criação de novas empresas, mas, para o CEO, ela também pode ser vista como um aspecto positivo nessa empreitada exatamente por diminuir a concorrência: “Essa é justamente a oportunidade que a gente tem. Se você tiver o melhor time e os recursos, pode estar sozinho no mercado”.

Essa situação é oposta ao que acontece nos Estados Unidos, por exemplo, onde entrar no mercado é mais fácil e, como consequência, a concorrência é maior. “Para empreendedores, o problema é uma oportunidade e o mercado está cheio disso”, afirma. Ele lembra a atual crise econômica pela qual o Brasil está passando e ressalta que o país tem um mercado muito grande.

Embora o trabalho relacionado à tecnologia tenha caído um pouco por conta da crise, Asher percebe que o país está crescendo nesse setor. “Os verdadeiros empreendedores estão atravessando essa fase. E daqui a alguns anos, vamos ver essa roda em movimento, constituindo um grande desenvolvimento de micro empresas”. O gestor explica que embora o desenvolvimento tecnológico brasileiro esteja atrasado, quando comparado ao de outros países, está seguindo o caminho certo. E parte do motivo é o fato de as empresas estarem migrando do mercado off-line para o on-line, o que as torna menos dependentes do PIB. Por isso, ele acredita que após essa crise os resultados irão se recuperar rapidamente.

Tecnologia: o caminho para a inovação

As tecnologias digitais, principalmente no que se refere à tecnologia da informação, fazem parte de um momento fascinante e turbulento, de acordo com o palestrante. Elas são responsáveis por importantes transformações no mundo, exigindo uma mudança na postura do país: “O Brasil precisa se posicionar. Não pode ser um figurante. A gente tem que ser um participante ativo”. Para Asher, é a tecnologia gerando conectividade que está promovendo essa mudança, ligando cada parte do sistema.

A conectividade tem, inclusive, permitido “uma atitude mais positiva” em relação à forma de fazer negócio. “Os jovens começam a olhar para empreendedorismo como um caminho que tem mais significado e, com tudo isso [tecnologia], a gente passa a ter uma democratização da informação”, explica. Para justificar esse fato, ele apresenta uma pesquisa realizada pela Intel, uma gigante da tecnologia, segundo a qual o país começou a decolar no mercado digital em 2010. “O Brasil tem um potencial incrível para ser um mercado muito grande e também gerador de inovação”, afirma.

A tecnologia está mudando a forma como o mundo se organiza, de modo que a hierarquia tradicional das instituições está sendo substituída por uma nova forma, constituindo uma rede. “Cada um dos agentes abre um nó nesse sistema e começa a ter uma personalização e um desempacotamento de serviço”, explica. Essa nova visão dos negócios está influenciando no comportamento de toda a sociedade.

Venture capital: desenvolvimento empresarial em ciclos

Para o palestrante, o Venture Capital é uma importante solução para as pequenas empresas investirem em inovação. Esse tipo de investimento é característico do Vale do Silício, nos EUA, e é destinado exatamente à fase inicial de empreendimentos, sendo realizado em ciclos para acelerar o desenvolvimento de uma empresa: “No fundo, estamos falando em fazer uma empresa crescer em cinco ou sete anos o que normalmente demoraria de 20 a 30 para crescer organicamente com recursos próprios”.

Embora esse modelo tenha recebido a desconfiança de muitos no início, Asher mostra-se bastante otimista com a situação atual. O Venture Capital ainda não é um tipo de investimento consolidado no Brasil, mas o palestrante nota que “quando isso acontecer, a roda começa a girar de uma maneira muito poderosa”.

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