Empresários continuam preocupados com a crise
A recessão pela qual o Brasil passou em 2015 continua sendo motivo de preocupação comerciantes e prestadores de serviços. O temor de que o país não se recupere da crise em 2016 é maior que o risco de não conseguir pagar as dívidas, ser assaltado ou vítima de violência e ser obrigado a fechar a empresa. Essa percepção é resultado de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A preocupação com a crise aparece também quando 69% dos entrevistados a apontaram como o principal problema a ser resolvido no Brasil. A mesma quantidade de pessoas também citou a corrupção como um problema a ser solucionado com prioridade. Outros problemas apontados pelos empresários brasileiros são os impostos elevados (65%), a inflação (49%), a falta de vontade política (40%) e a violência (39%).
A percepção de que as condições do país se deterioraram ao longo do ano passado é generalizada entre os empresários sondados. Para 75% dos entrevistados, o ano de 2015 foi pior para a economia do que 2014. Apenas 5% dos comerciantes e prestadores de serviços notaram que o cenário melhorou e outros 16% disseram que não houve alteração. O índice de empresários com percepção negativa supera o percentual de 70% em todas as regiões pesquisadas, mas cai para 53% entre os entrevistados do Nordeste.
A preocupação com a situação econômica fez com que 58% dos entrevistados fizessem cortes e ajustes no orçamento de negócios em 2015. A folha de pagamento foi o principal alvo, com 58% dos empresários demitindo de dois a três funcionários em média. No entanto, a tendência é que esse cenário não se repita, já que 84% dos comerciantes e prestadores de serviços descarta a intenção de fazer novas demissões em 2016.
A redução de gastos com com contas de telefone fixo e celular foi a opção de 33% dos entrevistados. Já a economia nas contas de água e luz foram mencionadas por 27% desses empresários.
A crença na boa gestão faz com que, mesmo temerosos com a crise, 51% dos empresários tenham boas expectativas para a empresa, enquanto apenas 9% esperam que o novo ano no seja muito ruim para a sua empresa. Outros 36% disseram estar sem expectativas positivas ou negativas. A maior parte (44%), porém, está sem um horizonte concreto para projetos e não quis ou não sabe responder sobre seus planos para 2016.
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