O emprego na indústria brasileira registrou queda de 0,3% em janeiro deste ano, em relação ao mês anterior. O resultado negativo foi observado após uma leve alta de 0,1% em dezembro de 2011 e uma queda acumulada de 1% entre setembro e novembro daquele ano. Os dados constam na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de horas pagas também caiu na comparação de janeiro deste ano com dezembro do ano passado: -0,2%. Apesar disso, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,1% na comparação entre os dois meses.

Em relação a janeiro de 2011, o emprego na indústria teve queda de 0,5%, a quarta taxa negativa nesse tipo de comparação. Oito dos 14 locais pesquisados apresentaram queda na taxa de emprego na comparação de janeiro deste ano com o mesmo período do ano passado, com destaque para São Paulo, que teve uma redução de 3%, influenciada principalmente pelas quedas em setores como produtos de metal, metalurgia básica, calçados e vestuário.

Também apresentaram queda acentuada no emprego industrial os estados de Santa Catarina (-1,5%) e do Ceará (-2,8%), além da Região Nordeste (-0,4%). Já entre os seis locais com contribuição positiva destacam-se o Paraná (4,6%), Minas Gerais (2,5%), as regiões Norte e Centro-Oeste (1,7%) e Pernambuco (4,2%).

O IBGE também observou que a queda no emprego atingiu metade dos 18 setores pesquisados, na comparação entre janeiro de 2012 e janeiro de 2011. As principais influências para o resultado vieram dos setores de calçados e couro (-8,6%), vestuário (-5,3%), produtos de metal (-4,9%), madeira (-11,3%), borracha e plástico (-4,8%) e têxtil (-4,5%).

Já as principais contribuições positivas vieram dos setores de alimentos e bebidas (5,1%), meios de transporte (2,8%), máquinas e equipamentos (2,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,2%) e indústrias extrativas (4,5%). A taxa de crescimento do emprego industrial acumula alta de 0,8% no período de 12 meses.

Vitor Abdala / Agência Brasil

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