Somente 38,5% das obras e ações de grande complexidade do PAC 2 foram concluídas. Desafio do governo Dilma é ampliar os investimentos para fortalecer a economia e melhorar os resultados, contendo a crise. Foto: Wilson Dias / Agência Brasil.

O Brasil entra em 2013 com o desafio de conter a desaceleração da economia, pôr em prática o pacote de melhorias na infraestrutura e logística, além de ampliar o alcance dos programas sociais para tirar cerca de 6 milhões de brasileiros da extrema pobreza. Mesmo após o acordo, nos Estados Unidos, para driblar o chamado abismo fiscal – que traria reflexos na economia nacional e internacional – outras medidas internas e nos demais países do mundo para recuperação dos índices econômicos ainda precisam gerar efeitos concretos.

No Brasil, o fortalecimento do emprego e do mercado interno deverá ser mantido como estratégia para continuar a enfrentar a crise econômica em 2013. O menor índice de desemprego da história do país foi alcançado em 2012, com a criação de 1,7 milhão de postos de trabalho até outubro e cerca de 4 milhões desde o começo do governo Dilma. Apesar disso, depois do crescimento de 2,7% em 2011,  a economia nacional deve avançar apenas 1% em 2012.

Além dos pacotes de concessões, em 2012, segundo números do governo, 38,5% das obras e ações de grande complexidade da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) foram concluídas, com R$ 272,7 bilhões executados até agora. No entanto, obras importantes para o país, como os estádios para a Copa das Confederações e Copa do Mundo, não foram concluídas no tempo previsto.

No combate à pobreza –  principal meta do governo, segundo palavras da própria Dilma – os números foram positivos, mas ainda restam 3,4% da população do país na extrema pobreza, cerca de 6,5 milhões de brasileiros. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado no fim de dezembro, mostrou que a criação do Programa Brasil Carinhoso, um braço do Brasil sem Miséria voltado a crianças de até seis anos, alcançou bons resultados na retirada de brasileiros da extrema pobreza, principalmente nessa faixa etária.

Segundo o Ipea, se o Brasil Carinhoso tivesse sido implementado em 2011, a taxa de pobreza extrema poderia ter caído para 0,8% da população.

Na lista de projetos que passaram pelo Congresso para recuperar os índices de investimentos no país, estão medidas provisórias como a que criou a Empresa de Planejamento e Logística (EPL); os novos critérios para renovação das concessões de empresas do setor elétrico, com o objetivo de reduzir em 20% a conta de luz e a extensão do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento e para a área da saúde.

Com informações da Agência Brasil.

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