A economia brasileira iniciou o terceiro trimestre do ano com uma redução menor do que a esperada. Este dado foi divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). De acordo com as informações, em julho o recuo foi de apenas 0,02% em comparação com junho, quando a estimativa dos especialistas era de 0,3%. Embora sejam positivos, os números do Banco Central (BC) revelam que a recessão do país continua aumentando.

Esse mês foi o segundo consecutivo em queda. De janeiro a julho deste ano, apenas os meses de fevereiro e maio apresentaram crescimento de 0,75% e 0,06%, respectivamente, comparados aos meses anteriores. O período acumulou uma retração de 2,74% e nos últimos 12 meses (julho de 2014 a julho de 2015) a taxa foi de 1,93%. Em relação à estatística do mesmo mês no ano passado, houve uma queda de 4,25%.

A pesquisa Focus, realizada pelo BC com analistas de instituições financeiras, mostra que a expectativa do mercado financeiro é de que a contração da economia seja de 2,70% em 2015 e de 0,80% no ano que vem.

De acordo com a instituição, o resultado do IBC-Br foi uma surpresa positiva por conta do desempenho registrado em junho, o qual foi fortemente revisado. A economia reduziu 0,73% nesse mês e não 0,58% conforme foi divulgado. Assim, era esperada uma retração maior, devido aos dados preliminares dos setores industrial e comercial.

O primeiro, por exemplo, apresentou uma queda de 1,5%, surpreendendo o mercado financeiro. A expectativa era uma queda mais amena entre 0,2% e 0,3%. No comércio, as vendas apresentaram a sexta queda consecutiva, com uma taxa de 1% em relação ao mês anterior. Segundo o IBGE, foi o pior resultado desde 2000, quando a série teve início.

O setor de serviços foi o único a obter resultado positivo, tendo uma alta de 2,1% no faturamento. O número foi maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, mas, ainda assim, está entre as menores taxas apresentadas desde 2012, quando o instituto começou a registrar os dados.

De acordo com o BC, é preciso adotar algumas medidas para recuperar a confiança de empresas e consumidores na economia, tais como buscar a queda da inflação e a melhora nos indicadores das contas públicas. A instituição avalia que essas ações são fundamentais para a economia brasileira voltar a crescer.

Com informações de O Globo, Folha de S. Paulo e Agência Brasil.

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