Um impasse no legislativo norte-americano entre republicanos e democratas terminou em prejuízo para os Estados Unidos. A partir dessa terça-feira, 1º de outubro, a maioria dos serviços do setor público do país estarão paralisados. Isso ocorre porque o legislativo não chegou a um consenso sobre o Orçamento federal. Normalmente essa decisão é feita com antecedência, mas disputas políticas atrasaram o calendário de votações e o último prazo se encerrou no último dia de setembro.

A preocupação no mundo é o impacto que esse acontecimento vai ter na economia internacional. “Se os Estados Unidos não puderem resolver apropriadamente seus planos de gasto e de redução do déficit, será um risco para a economia mundial”, advertiu nesta terça-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Na segunda-feira, 30, o presidente Barack Obama fez um apelo para que os parlamentares trabalhassem pela aprovação do orçamento: “Isso não precisa acontecer”, disse. “Manter o governo do povo funcionando não é uma concessão a mim. É a sua responsabilidade básica”, cobrou. Obama lembrou que o governo federal é o maior empregador do país e que o fechamento iria ter consequências na economia.

A economia norte-americana vinha crescendo e estava sendo vista com esperança pelo mundo todo, porque impacta no desenvolvimento de todas as nações. Mas agora o clima é de preocupação. Um impasse desses não acontecia há 17 anos, desde o governo do democrata Bill Clinton.

Entenda o caso

O Congresso dos EUA precisava aprovar, até a meia-noite (1h de terça-feira, pelo horário de Brasília), um Orçamento para permitir os gastos federais. Sem essa decisão, o governo vinha tendo suas despesas custeadas por permissões temporárias, chamadas de “resoluções continuadas”. A última, aprovada em março, expirou nesta segunda, 30.

O motivo do impasse é a recusa dos republicanos, partido de oposição a Obama, em votar o Orçamento sem que o governo adie a entrada em vigor da lei de assistência à saúde e cancele o imposto criado para financiar a cobertura de atendimento médico para cidadãos sem plano de saúde.

Desse modo, serviços como museus, parques nacionais, emissão de passaportes, pagamentos de benefícios, processamento de impostos, subsídios agrícolas e concessão de empréstimos serão paralisados até que um acordo seja firmado. Pelo menos 800 mil trabalhadores federais serão colocados em licença não remunerada.

Com informações do portal G1.