A economia brasileira cresceu 0,2% no primeiro trimestre com relação aos três meses anteriores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 30. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve avanço de 1,9% . E no acumulado de quatro trimestres terminando neste primeiro de 2014 o avanço foi de 2,5%.

Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas pelo país no período alcançou R$ 1,204 trilhão. O maior responsável por este resultado foi o setor agropecuário, que cresceu 3,6% de janeiro a março. Os serviços, responsáveis por mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) cresceram 0,4%.

A queda dos investimentos, os juros altos e a fraca confiança dos empresários e consumidores, além da crise na Argentina e o fraco desempenho da construção civil empurraram a indústria para um trimestre negativo em 0,8%. O consumo das famílias, grande ajuda da indústria, também recuou 0,1%, na primeira queda desde o terceiro trimestre de 2011.

O resultado do PIB veio em concordância com a expectativa dos analistas, que esperavam um crescimento próximo a zero neste trimestre. Para 2014, o mercado financeiro projeta um avanço de 1,63% na economia, de acordo com o mais recente boletim divulgado pelo Banco Central. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no entanto, é um pouco mais otimista, e projeta um PIB para este ano entre 2,3% e 2,5%.

Revisão do PIB 2013. O IBGE também anunciou nesta sexta a revisão do resultado da economia brasileira no ano passado. Segundo o Instituto, o país avançou 2,5%, acima dos 2,3% calculados anteriormente.

Esta alta se deveu à recente alteração na composição da série da produção industrial, o melhor desempenho da agropecuária (de 7% para 7,3%), indústria (1,3% para 1,7%) e serviços (2% para 2,2%). Os PIBs trimestrais também tiveram reajuste. No quarto trimestre do ano passado, a economia avançou 0,7% sobre os três meses imediatamente anteriores, ao invés dos 0,4% anunciados anteriormente.

PIB internacional. O resultado do primeiro trimestre no Brasil não veio muito diferente de outros lugares do globo. A zona do euro, por exemplo, também cresceu 0,2%. O México cresceu um pouco mais, 0,3%. Já os Estados Unidos tiveram retração de 0,2% e a Rússia caiu ainda mais, 0,5%.

O Japão, no entanto, vive um bom momento. De janeiro a março o país cresceu 1,5%. A China avançou menos: 1,4%.

Com informações do portal G1 e do jornal Folha de S. Paulo.